Carazinho, 01 de outubro de 2010.
MOÇÃO
O Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência e ou Superdotação/ Altas Habilidade juntamente com a Associação dos Deficientes Físicos de Carazinho - ADEFIC, Associação Carazinhense dos Deficientes Visuais – ACADEV, Associação do Grupo de Surdos de Carazinho – AGS, Associação dos Deficientes Múltiplos de Carazinho – Grupo Viver, vimos mostrar o nosso descontentamento com a forma de que foi realizada a Audiência Pública no dia 28 de setembro de 2010, no Salão do Sindicato do Comércio Varejista em Carazinho, para discutir sobre as propostas que irão compor o Edital de Licitação da Concessão do Transporte Coletivo Municipal, visto que o público que tem o maior interesse em participar (Pessoas com Deficiência), não teve acesso a esta informação, impedindo a participação e a mobilização em defesa dos direitos da pessoa com deficiência em Carazinho. As entidades citadas acima vêm trabalhando e lutando para a concessão do passe livre municipal e a adaptação da frota de veículos coletivos urbano, desde o ano de 2006, sendo que intensificamos o diálogo no ano de 2009, informando todas as necessidades da Pessoa com Deficiência, para ser inserido no Edital Público de Licitação, sugerindo e participando inclusive da elaboração do suposto Decreto de que Regulamenta a gratuidade no transporte coletivo público urbano, em fevereiro de 2010. Nosso movimento frente a esta ação, tem sido para garantir o direito de ir e vir de todos os cidadãos, discordando das propostas feitas no ato da audiência pública do dia 28 de setembro de 2010, pois temos que viabilizar o acesso para a Pessoa com Deficiência em todos os sentidos, numa proposta de Inclusão Social, efetiva e não de uma parcialidade e atendimento em algumas áreas. A proposta de colocar uma Van adaptada para transportar a Pessoa com Deficiência, foge do conceito de INCLUSÃO, além de não ter sido previsto uma pessoa para fazer o agendamento contínuo das necessidades do Deficiente (saúde – atendimento e terapia, educação, lazer - turismo, cultura, esporte, trabalho e renda), também não foi pensado que deverá ter uma linha telefônica (0800), pois a grande maioria da nossa população de deficientes encaixam-se no perfil de baixa renda. Sendo o que havia para o momento, pontuamos nossa indignação. Solicitamos que não façam nada para o deficiente, sem a participação do mesmo, pois é ele que conhece suas reais demandas, queremos tornar a “INCLUSÃO” uma realidade e não mais uma “UTOPIA” social.
Elaborado por: CMPDCRZ - ACADEV, ADEFIC, APAE, GRUPO DE SURDOS E GRUPO VIVER
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