quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ELEIÇÕES 2010 - DEFICIENTES VISUAIS FAZEM SIMULAÇÃO NAS URNAS ELETRÔNICAS

Com o objetivo de dar maior segurança aos portadores de necessidades especiais, fazendo-os se acostumar com o braile, a Associação Carazinhense de e para Deficientes Visuais teve a iniciativa de proporcionar um teste para a votação eleitoral.


A simulação de votação para os portadores de deficiência visual aconteceu na tarde desta terça-feira (28), no Cartório Eleitoral de Carazinho. Urnas eletrônicas foram disponibilizadas para que os deficientes visuais possam treinar a sequência e dinâmica das votações.

A iniciativa partiu da Associação Carazinhense de e para Deficientes Visuais (ACADEV), juntamente com o Instituto Estadual de Educação Cruzeiro do Sul, onde os alunos recebem aulas de braile. A professora de braile e também secretária da ACADEV, Carla Rostirolla, explica que a iniciativa surgiu para dar maior segurança aos deficientes, uma vez que as urnas estão disponíveis para teste por aqueles que necessitam se familiarizar a elas. “Assim, poderão no dia das eleições votar e já tendo testado essa urna, sem precisar de ajuda de outra pessoa, garantindo assim, a autonomia e liberdade para exercer esse direito com toda a segurança”, confirma Carla.

Sidnei Mendes de Oliveira, deficiente visual, afirma que a experiência foi muito boa. “Assim a gente já vai tranquilo na hora da votação. Domingo vou ter o direito de votar como os outros também”, afirma Oliveira.

O chefe do cartório eleitoral de Carazinho, Alexandre Bohrer, explica que as urnas estão à disposição das entidades que desejam fazer um teste nas urnas eletrônicas. “Por mais que eles reconheçam os números é importante eles sentirem a distância entre as teclas, o braile em cada uma delas, e isso vai dar mais autonomia para eles no dia das eleições”, comentou Bohrer.

Ele acrescenta ainda que os deficientes não terão acesso ao fone de ouvido. “Quando esses portadores de necessidades especiais fizeram seu título de eleitor não foi atribuída essa condição”, informa o chefe do cartório. Sendo assim, não há como saber quem é deficiente, onde vota e as necessidades que possui. Alexandre explica que depende que as entidades repassem informações para que seções específicas sejam preparadas de forma especial.

Fonte: Priscila Devens - Redação Jornal Diário da Manhã Online de Carazinho

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